O leque de investimentos não só se democratizou como se diversificou, ganhando destaque os investimentos nos mercados Forex (câmbio de moedas) e de criptomoedas, oferecendo ambos potencial de lucro enorme, embora apresentando na mesma proporção enormes riscos.
As criptomoedas emergiram como uma nova classe de ativos caracterizada por uma elevada volatilidade, podendo os preços ter flutuações de enorme amplitude em curtos espaços de tempo. Trata-se de um mercado com uma regulamentação, ela própria, com enormes diferenças entre países, que vai desde a sua proibição ou regulamentação muito apertada, até à total ausência de normas regulatórias ou fiscais.
Existe ainda o risco de negociar estes ativos recorrendo a corretoras (exchanges) pouco fiáveis, com uma grande e crescente variedade destes intermediários financeiros.
Não sendo controladas por um governo ou banco central, que ao sabor das suas agendas políticas próprias ou das condições conjunturais, podem, por exemplo, valorizar ou desvalorizar as suas moedas, as criptomoedas têm uma natureza descentralizada não podendo a este nível ser manipuladas.
Um dos maiores riscos do mercado Forex é a negociação recorrendo à alavancagem. Ou seja, investir apenas com uma infirma parte do nosso dinheiro, sendo o restante emprestado. Porque só mesmo investindo largas somas se torna possível obter ganhos com as pequenas variações nas cotações da moedas. Sim, a volatilidade do valor das divisas tradicionais é bem menor que no caso das criptomoedas.
E se por um lado os investidores podem contar com mais taxas no mercado Forex, por outro usufruem da vantagem de estarem a operar num mercado com elevada liquidez! Sim, há sempre alguém disponível para comprar!
Há quem lhe chame uma “autoestrada para o inferno” ou “a maneira mais rápida do mundo de perder dinheiro”, mas o mercado Forex é aquele que mais dinheiro atrai! São 2409 triliões de dólares, o equivalente a 17 vezes o produto interno bruto de todo o planeta.
Já o investimento em criptomoedas não achega atualmente a 1 trilião, fixando atualmente nuns “modestos” 800 biliões, tendo atingido um máximo de 2,6 triliões em novembro de 2021.
Alguns números atuais acerca dos montantes investidos em diversos mercados (valores em triliões de dólares):
Forex: 2409
Imobiliário: 281
Ações: 95
Criptomoedas: 0,8
Dívida global mundial: 277
A manter-se a tradição histórica, de que inevitavelmente os máximos do passado, um dia acabam sempre por ser ultrapassados por novos máximos, é notório o potencial de valorização do mercado de criptomoedas que nos parece também mais adequado aos pequenos e médios investidores.