15 de fevereiro de 2022

Criptomoedas: personas non gratas

China proíbe criptomoedas
Além de se basear na blockchain, uma tecnologia inovadora, que funciona de forma radicalmente diferente das tradicionais bases de dados, o conceito de criptomoeda choca com a lógica de domínio centralizado e os circuitos com múltiplos intermediários, que caracteriza o modo de funcionamento das moedas tradicionais. Cada Estado, cada banco central, tem o poder de emitir dinheiro, forma muitas vezes utilizada como resposta a crises como a de 2008, mas que acarreta consequências ao nível do aumento da inflação. 

O dinheiro tradicional pode assim ser utilizado pelos Estados como ferramenta de política económica, o que não acontece com as criptomoedas que utilizam uma lógica de total descentralização, sem entidades centrais que as tutelem. É pois natural que os países onde vigorem regimes mais totalitários e não democráticos, não vejam com bons olhos a perda de controlo sobre o dinheiro, a sua emissão e circulação.

À data de fevereiro de 2022, são estes os países onde as criptomoedas foram banidas:

2014 - Bangladesh - Bolívia

2017 - Iraque - Marrocos - Nepal

2018 - Argélia - Egipto - Indonésia - Qatar

2021 - China

Recentemente o banco central russo pronunciou-se no sentido de proibir a transação de criptomoedas no país, determinando pouco tempo depois o presidente Putin, que existisse uma solução de consenso e não tão radical.

Coreia do Sul, Turquia e Vietname têm proibições parciais. 

Em sentido totalmente oposto temos El Salvador cuja moeda nacional passou a ser a Bitcoin desde o dia 7 de setembro de 2021.